Sopra um vento
verde-mar,
sonho de prata
e luar
de luas cheias
e novas
suspensas
do teu olhar.
Reconheço este caminho,
som de noites
consteladas
feitas de chão
e de fogo.
Ouço-o estender as raízes
que me enlaçam
e libertam
da sede
em que se alimentam.
Desprendo o meu corpo
que revive
e desperta,
solto o véu
ao céu do sul
que emerge do teu porto
mito azul,
longínqua claridade
encoberta.
BL
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