Sobre a terra
a minha pele coberta de sombras. Desenho
um corpo de árvore
exponho-a à luz e espero no vento
os pássaros e o luar. No meu olhar
sobrepõem-se as cores guardadas da solidão.
A memória estremece à progressão das vozes
cúmplices dos vazios de uma casa de outras horas.
Os teus passos breves são
muito longe
um navio carregado de silêncio
ou a partitura em branco da nossa canção.
BL
01.07.21
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