A toda a hora me acordam
dos silêncios
em que me ausento de mim
e me encosto
à face oculta da lua
dentro de uma vontade
em que amanheceu o dia.
Pertenço-me
desnudo as minhas memórias
são meus os leitos dos rios
os muros
os cais
onde atraco a minha insónia.
Deixem-me ficar aí
leve
erma
isenta de pontos cardeais
nesse fim-de-noite efémero
quando
libertos
os meus olhos voam.
BL
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