Os dias a sucederem-se roídos
por buracos insaciáveis
que morrem no papel. Em
palavras
que descem em silêncio
companheiras da noite.
Há uma sombra fria na
página
talvez o que sobra de um
abrigo ou de uma melodia
que entardeceu.
Parecia-me que tínhamos
ainda
tanto para nos dizermos
sobre o ardor de um voo
ou o grito das memórias.
Pergunto-me
_ o que nos traiu? _
Olho os dias que nunca
chegarão
e um arrepio surge e
apaga o sol
de setembro
nesta mediocridade de
linhas dispersas
sobre os gestos do tempo.
BL
14.09.17
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