Afinal
nada há a retomar. Tudo
ficou envolto em
pretéritos agonizando
numa folha de poentes.
Perderam-se os aromas
frutados
os recursos espirituosos
e a mesa cobriu-se de
migalhas
que os passarinhos
rejeitam.
Todas as coisas trocaram
de lugar
e o sentido delas
[ das coisas ]
debate-se num rodopio
de círculos concêntricos
para
não se perder de si
próprio.
E entre.tanto
existe a voz. Uma vozinha
vítrea
espartilhada
entre reticências e
interjeições
incapaz de grave
sonoridade
em que afirme a
(in)flexão
do presente.
BL
15.09.17
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