Todos
os meus dias regresso
ao
arvoredo onde guardo as tuas mãos.
O
tempo suspende-me os olhos
nos
nomes que se esfumam perto
da
linha noturna do entorpecimento
dos
ossos
quando
o sangue quer atravessar
todas
as sílabas
de
todas as palavras límpidas
e
clarear a serenidade das vozes.
E
a vastidão deste silêncio azul parece
estender
os braços
à
força mobilizadora das águas.
Não
fora esta lonjura por dentro
das
veias
e
eu diria que
como
se fossem um ínfimo
grão
de pó
por
entre os dedos me rolariam todas as pedras
atravessadas
por sombras e imagens indecifráveis.
BL
15.08.17
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