Atropelo-me
no asfalto das palavras
doridas
que colidem
sem nexo
à procura da minha
lucidez.
Palavras em ruínas
a sobreviver na nitidez
da sépia
a transportar em si
cada aresta da vida
cada pedra arremessada da
montanha
em busca de uma
trajetória de luz.
Palavras sem voz
a caminhar em círculos
com rostos lá dentro
sonhos
emoção
histórias carregadas de
pontos de interrogação.
Palavras que são
essência
a procurar o tempo de
olhar as gaivotas
a abraçar o vento
a inventar pássaros nas
sombras do mar
e deixar o silêncio
voar.
Brígida Luz
13.03.12
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