Entre os silêncios de pedra
tatuados nas paredes,
nascem ecos redondos
germinados no meu corpo,
estéreis amontoados de sílabas,
feitiço de um sopro do tempo.
Ouço a respiração da noite,
o zunido da lua
difusa no ar
sem as carícias do vento.
A neblina fecha o horizonte,
acorrenta o rumor do mundo.
E os silêncios cerram o círculo
e os ecos agonizantes tecem os fios de lodo
e a voz alucinada não pára de dobar.
BL
26.04.10
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