A estiagem transparente adormece-me
indolente
a vontade cor-de-mar.
Por mim passam rios de areia
com sabor a maresia
e num inconstante movimento
a espuma
mais forte do que o tempo
atira
para longe e para perto
horizontes
sobrepostos nos recortes do pensamento.
Do silêncio nasce a pedra
que a onda vem afagar
em beijos de algas e sol
que acendem o azul sem vento
e molham as palavras
que voam
salgadas
no meu olhar.
BL
21.05.10
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