que me arde
no olhar do tempo parado
ao fim do dia.
Estou sozinha e crua
sou palavra nua dentro dos meus versos de água
que cortam a confusa solidão
povoada de fantasmas
que nascem
e morrem
sem saída
entre as raízes dos meus dedos.
Estremeço à voz que ressoa
do meu pacto
com o corpo verde do meu chão
folhas e flores
rua
ramo de um céu aberto
rosto da minha parte pura
pele imprescindível do meu universo.
Acho que depois não conseguia voltar.
BL
09.04.10
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