Parei num tempo carregado de pedras
pertenço a lado nenhum
e planto a palavra escorregadia
na lama em que tornei
o chão que piso.
A vida dói
nas sombras que anoitecem as paredes
no sorriso que não tens
nos gestos invisíveis
que enegrecem as entranhas
no até p’ra semana
em que me morre o dia.
Não houve olhos vendados
nem rugidos de ventos mudos
na placenta que foi minha e tua.
Rasga-nos a desordem dos ciclos
e as folhas de silêncios
que sustêm o grito.
BL
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