Em mim se entrelaçam todas as melodias do mundo
na trajetória de uma brisa que ilude as solidões
no véu de luz que transporta.
Cerro os meus olhos para entender
os silêncios
matizando as cores
repartindo as verdades entre as minhas folhas
entre os meus frutos
acompanhando o azul e o sol que lhes moldam as estradas.
Gravo nas palavras a fragilidade dos instantes
os vidros quebrados tocados pelo vento
sem saber como se sai
desta inaptidão da alma
onde a chuva me açoita
e grita
e sucumbe
quando articula o meu nome.
Sento-me na orla do tempo
como quem sopra memórias em dentes-de-leão
e invoca dias claros
para desfolhar a recontagem dos silêncios.
BL
10.09.11
Sem comentários:
Enviar um comentário