Embriagada
pelo sonho da flor
pintou
o tempo numa grande tela
em
gotas de sol e de emoção.
Remanescente
a cadência do mar
a
magia do azul
em
eterna mutação.
Em
câmara lenta
[
a desfrutar da espera ]
depois
da brisa
que
lhe acordou memórias
explicar
o silêncio no rosto do mundo
ou
a seiva entranhada em sílabas precárias
que
lhe secam nas mãos.
Sabe
da pele e da luz temporária
albergue
de música a dissolver
a
noite.
Sabe
de um nome que lhe segreda aves
a
lembrarem a brevidade das folhas
e
a semente a envelhecer submissa
à
sede que lhe atravessa
a
cor.
BL
04.05.17
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