Tudo em
mim precisa reacender
a
memória e
regressar
ao teu nome.
Nunca é
tarde demais
para
reaprender o lugar suspenso
onde as
esperas resistem. Luzes espelhadas
no rio
momentos
de onde escorre um luar
intenso
que também
te
pertenceu.
Tudo em
mim
é
presença. Barcos que dormem
na
limpidez do horizonte
que os
sonhos tocam.
Habitam-me
as folhas que piso
e o inverno prepara para a morte.
Tenho
apenas versos brancos a procurarem
refúgio
na luz crepuscular.
Tudo em
mim são ruas sem rosto
onde os
verbos adormecem
no corpo
da tarde.
Tudo em
mim precisa
aquietar
a memória. O tempo
é um
deserto.
BL
02.10.14
Tudo é memória. Tudo é presença. O deserto do tempo, onde nascem os feiticeiros da sede...
ResponderEliminarUm poema belíssimo!
Beijo grande
... um deserto
ResponderEliminare um desafio
Belo o seu poema