Fala-me agora de todas as vezes
em que habitávamos o pôr do sol
e só nós percebíamos o incêndio
que ateávamos
para lá do véu dos sonhos.
Talvez demandássemos a luz de abril
ou as promessas de um sentir
em que os corpos amaduravam.
Olho-as daqui, breves e frágeis, as
promessas,
imersas no nevoeiro das grandes
distâncias.
No fundo, penso-as retidas num tempo
cuja morada se mudou.
Somente os ecos se mantêm
e os silêncios submersos nos rios que
correram.
E as memórias
a fluirem nas veias de um poema
para que o tempo se reencontre,
habitável,
para além da eternidade.
BL
14.04.14
Não matem os cravos
ResponderEliminarpretty nice blog, following :)
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