terça-feira, 8 de abril de 2014

O mundo da lua


Caminho por entre luas lentas
como se o chão antigo
não me reconhecesse o nome.

Escavo memórias vadias
entre os pavios das insónias

semeio grãos de areia
nos interstícios do vento.

Sou uma aragem de criança
entre o desespero da chuva. E a seara
uma hora impossível

a rejeitar o tempo.

Sou a voz da pedra nua
quando atravesso as palavras

a névoa das reminiscências

a cegar de sombras gastas
a luz tua

distante guia

que apaixonadamente a noite amplia.




Brígida Luz

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