Refém de um lado lunar,
que me prende os olhos na cal branca
da fachada centenária que desce a rua deserta,
que me prende os olhos na cal branca
da fachada centenária que desce a rua deserta,
cada passo que me leva
repisa os limites de uma folha morta,
enquanto as veias, desatinadas, explodem em gritos
de saudade e muros de melancolia
tanta.
repisa os limites de uma folha morta,
enquanto as veias, desatinadas, explodem em gritos
de saudade e muros de melancolia
tanta.
E o céu, tão baixo, tão baixo,
a enregelar-me a pele, a circunscrever- me a visão
ao peso de tão infinitos nadas.
a enregelar-me a pele, a circunscrever- me a visão
ao peso de tão infinitos nadas.
É domingo à tarde, num calendário afónico
e transido de medo, porque, lá fora,
é maio e a primavera canta.
e transido de medo, porque, lá fora,
é maio e a primavera canta.
BL
19.05.13
19.05.13
À revelia dos nossos sentimentos e olhares, a vida acontece. É maio e a primavera entontece.
ResponderEliminarLindíssimo seu poema!
;))
P.S.
Segui seu link a partir do blogue do Filipe.
Lindo!!!
ResponderEliminarComo alma enjaulada
ResponderEliminarUm sentir negro,
E lá fora cantam as aves, nasce o mundo.
Enquanto aqui estou.
Gosto tanto da tua poesia!
Beijinhos!