As águas desalinhadas
a correrem nos andrajos do tempo
que oscila
suspenso
encharcado
no desconforto das árvores.
A voz rouca do vento
a plantar mitos e luas
sob a melancolia da pedra.
A luz
dispersos fios de sol
em tarde árida
a arrastar um vazio de nada
para dentro do verso.
O silêncio da escrita
ou o insustentável cansaço
da palavra gasta
no inverno tão sem fim
das longas esperas.
BL
O silêncio da escrita traz a tona tão belas poesias! abraços
ResponderEliminara poesia sempre ou quase sempre traz em si,
ResponderEliminaro árido tempo...
o tempo, que corre devagar,e gasta a palavra pelo cansaço,
a esperança existente,ela que nos faz esperar...
gosto da tua poesia
beijinho :)
Uma escrita compassada, sedutora que nos deixa com vontade que o poema não termine.
ResponderEliminarBjs
Há sempre uma luz
ResponderEliminarno outro lado do cais
Há sempre uma luz
ResponderEliminarno outro lado do cais
Há sempre uma luz
ResponderEliminarno outro lado do cais
A palavra alonga-se em longas esperas
ResponderEliminarDissoluções esféricas na métrica do verso
"As águas desalinhadas
a correrem nos andrajos do tempo
que oscila
suspenso
encharcado
no desconforto das árvores."
Belo e tocante
Como sempre é tua poesia
Bjo.
A tua poesia tem um tempo único
ResponderEliminarAquele em que ficamos em alma
No silêncio fértil das tuas palavras...
Ler-te é sempre uma viagem encantadora!
Beijinho,querida Brígida!