O tempo fragmentado
escorre por fendas invisíveis
como vidro partido em silêncio.
Cada estilhaço guarda um instante
que não regressa
mas continua a arder no escuro.
As horas dispersam-se em círculos
perdendo o nome
como se nunca tivessem existido.
E no vazio entre os fragmentos
ergue-se uma sombra imóvel
que observa sem princípio nem fim.
BL
07.11.25
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