No
centro da memória
um relógio [sem ponteiros]
marca instantes que nunca aconteceram.
um relógio [sem ponteiros]
marca instantes que nunca aconteceram.
em espirais
onde cada palavra se desfaz
antes de ser dita.
Um rio
de sombras corre
em sentido inverso
e leva consigo os nomes
que esquecemos.
em sentido inverso
e leva consigo os nomes
que esquecemos.
As
raízes do tempo entrelaçam-se
no vazio
a bordarem mapas que ninguém sabe ler.
no vazio
a bordarem mapas que ninguém sabe ler.
Há um
silêncio que gira lentamente
como se esperasse por algo
que já foi
mas nunca chegou.
que já foi
mas nunca chegou.
BL
08.11.25
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