É neste quase-nada
que o corpo reaprende o peso da sombra
o frio da espera
a vertigem de escrever
sem destinatário.
Memórias estilhaçam-se
num tempo interior
que pulsa no silêncio.
Reza-se uma oração
sem fé
apenas para não esquecer a voz.
A espreitar um universo suspenso
entre o instante
e o infinito.
Escavam-se camadas
de uma luz imóvel
num ritual
de existir
entre escombros.
BL
03.07.25
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