domingo, 29 de junho de 2025

Liturgias do silêncio







Em cada silêncio

um olhar suspenso

espiral de sombra e resina.


Linguagens oblíquas a dormirem

no dorso da luz.


Nomes de outrora

peixes de papel

a desabarem no hálito do tempo.


Os passos progridem

fendas na terra onde crescem

flores de ausências.


Lugares antigos de pele

e de instantes


ecos translúcidos

quase canto

quase cinza.


E aquilo que perdura

afunda-se em presságio.






BL

29.06.25









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