Regresso ao poema com letras
maduras no coração do
degelo. Como gestos marcados
pela música do olhar onde o teu
sorriso morava.
Cruzas no teu rosto
palavras
indecifráveis
espartilhadas num espaço
onde a claridade
se apagou.
Por perto o medo
a morder-te os traços
cansados.
Deslizas
impreciso
abandonado de palavras
a impedir o choro e o
silêncio das veias.
A obrigação de
resistir. Até à extinção
da cor.
BL – 28.05.19
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