De ti sei agora
muito pouco. Sei a tarde
mansa
a rua ferida de ausência
soluçada
e a minha mente presa
a horizontes de ternura.
Junto aos meus olhos
palavras arrastadas
perguntas por fazer e a
distância
imutável da tua voz que
[ ao acaso ]
se quisesse entranhar
pela raiz das coisas
que transitam entre o
sangue e as memórias.
Sobrevivem os verbos que
relembram
entendimentos ou a
geografia da claridade. Pousam-me
no presente
vivem-me por dentro
e
por momentos
vestem-me de tempos
como quem me despe da
saudade.
BL
08.10.17
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