Os olhos a falarem. Em ecos
de um verde quente
a lavarem o fundo das águas
a levarem o lodo
que decompõe
a estrada.
Nos lábios
a luz.
Em reflexos intermitentes
de visões não prescritas.
A luz
e os braços atados ao corpo
num movimento inerte
de almas presas.
A luz
e um silêncio sem norte
a habitar os corpos.
A luz
e as mãos a perderem de vista
os significados das palavras
dentro de um tempo em que
exangue
o silêncio chora.
BL
Olá, Amei sua poesia, as lágrimas do tempo são silenciosas, abraços
ResponderEliminarMas também o silêncio nos ensina verdades imensas.
ResponderEliminarBelo texto
Cpts,
Armando Sena
Que vivam os relâmpagos
ResponderEliminarO tom melancólico
ResponderEliminarE a forma como o verso se diz
(que tantas vezes encontro na tua poesia)
inquietam e movem
como por ex
"a luz.
Em reflexos intermitentes
de visões não prescritas.
A luz
e os braços atados ao corpo
num movimento inerte"
Belo.
Bjo.
ResponderEliminarNos olhos, a luz tem outra grandeza. Nasce dentro do reflexo, no lugar das sombras e da depuração das lágrimas.
Embora te encontrei, ou tu me descobriste...
Um beijinho
Às vezes, faz falta um acendedor de estrelas.
ResponderEliminarUm beijo
Querida Brígida,
ResponderEliminarA luz no seu poder transmutador e transformador de realidades
cristalizadas em sombras...
A luz refletida em espaços construidos de significados...
A tua poesia é um espaço-luz de belos significados!!
Eu estava um pouco ausente e saudosa de ler-te!
Beijinho.
Por vezes há algo que se insinua, mas que quase sempre se esvai por entre os dedos. os olhos, contudo, dão conta desse registo, ainda que efémero...
ResponderEliminarBeijo :)
...quantas coisas lemos, no silêncio de um olhar!
ResponderEliminarlemos tudo, o que a boca cala...
belo!!
magnólia
o silencio que se faz em imagens,
ResponderEliminarque se desfragmenta
muito belo!
Beijo
Você escreve com melancolia doce e sem rancor.
ResponderEliminarCom suave palavras.
Beijos!!