Acabo muitas vezes por voltar
e
a pouco e pouco
por saber de mim.
Dispo-me de distâncias
e olho-me
memória
a esgotar-se na efemeridade
de um tempo de colheitas
de sonhos que sonhei
quando o tempo e eu éramos
entendimento e certezas
e levávamos connosco uma réstia de céu azul
como quem se resguarda
da mutabilidade do silêncio.
Acabo muitas vezes por voltar.
Ao rio sem fim entre o partir e o ficar
à eternidade de momentos
de que só germinaram memórias.
BL
Brígida,
ResponderEliminarO regresso às origens é gesto sempre a repetir, seja qual for o nosso caminho. Foi aí que tudo começou, não há melhor sítio para o balanço e para a reformulação.
Beijo :)
O tempo é circular
ResponderEliminarMove-se entre espaços
enquanto
Entre-espaços circulam ciclos
Como circuferente movimento
Nas horas geminadas
A memória faz-se verso
Como aparente entendimento
Acabo sempre por partir
Muito belo
Bjo.
E como são bons esses regressos... mostram o rumo, o caminho... e depois incendeiam a vontade, a urgência de novas partidas e descobertas.
ResponderEliminarMuito bonito. Beijo
são nas recordações, que tantas vezes lembramos o afecto,
ResponderEliminarmas é preciso partir, para voltar.
adorei, tua escrita é magnifica !
por vezes, acabamos por voltar, porque por mais que queiramos, não nos deixam realmente partir...
ResponderEliminarregressamos, mas uma parte de nós fica sempre lá, onde temos a certeza de que somos felizes...
Magnólia
Não existem amanhãs
ResponderEliminarsem memórias
Belíssimo poema!!
ResponderEliminarA viagem por dentro(interior),a dança do sentir em sonhos,os
registros da memória dos instantes que pulsa a vida...
A tua poesia é um porto de inspiração,onde "acabo muitas vezes
por voltar" e permanece em mim, a beleza do teu universo
poético...
Sempre bela a tua poesia!!
Beijinho,Brígida.
Olá Brígida!
ResponderEliminarNa impossibilidade de comentar tudo o que li, quero dizer que gostei da sua poesia.Esta viagem ao passado é muito íntima, e há uma infinidade de recordações, de desejos e de esperanças por cumprir.Um abraço.
Maria Emília