A rua respira um tempo comum e solitário
a
tarde deixa-se tingir de poesia
nas
mãos a claridade na urgência de um afago
melancólica
neblina
e
indistinta.
Rede
de memórias
dentro
do vento que persiste
e
rumores que se dispersam
no
eco transversal do teu nome.
Acendem-se
rostos em ardências encontradas
e
por entre os espaços do que fomos
chegam-me
as vozes de um alfabeto imaturo
no
coração quente de palavras felizes.
Breves
e mortais
[as
vozes]
ondular de águas sustentadas por
distâncias
impalpáveis e inexatas
a
estenderem o movimento das mãos
no
interior de um tempo que abraçamos
como
prodígio.
BL – 12.06.20
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