segunda-feira, 12 de agosto de 2019

O teu nome






Como um pássaro pousado ao acaso

sobre os soluços das mãos. Escrevo o que sobra

do que ficou por dizer. Palavras

indecisas em supefície

branca

monólogos a evocarem a geografia das sombras.

Junto aos olhos existe um lugar

breve

na periferia de um silêncio

líquido

onde repouso o teu nome adormecido num abismo de azul.

Chove.

E a árvore sobrevive como símbolo das

coisas que atravessam

o esquecimento.



BL

11.08.19

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