Vou por aí tateando imagens
fragmentos
de nomes que descem a rua
poeiras
de um tempo que flutua
numa
trajetória paralela ao encantamento.
Voam
os pássaros
numa
teia de inexoráveis solidões
tombam
sobre a terra folhas mortas
ligam
os ciclos da vida e do vento
na
crueza de um amanhã desfeito.
Guardo
nas mãos um pedaço do mundo
sento-me
a teu lado e acendo vagalumes na noite
para
apagar as sombras do medo
e
do sopro dos anos recolher o doce silêncio das palavras antigas
à
espera de uma dobra do tempo que nos rasgue esta dor
meu
chão minha seiva meu amor.
BL
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