Rodavas
sobre o teu eixo
num
esforço circular para não
atravessares
a verdade.
Tinhas
o tempo parado na distância
e
o sorriso
entre
sílabas náufragas e rituais de ausência.
_
Era uma vez o tempo...
… e
ainda assim
segui
o corpo do vento
a
guardar sombras no coração das aves
e
a entranhar a luz no exílio do teu olhar.
_
Era uma vez o tempo...
… e
a minha voz a
tropeçar
na face magoada do verso
quando
a tarde era somente
uma página
uma página
nas
minhas mãos.
BL
10.09.16
Belo
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