A rua é agora uma canção
incendiada de memórias
uma alma a sangrar desassossegos
uma voz a despir o cansaço
das esperas.
De pedra em pedra levam os braços
a chama
erguem a lua cheia
de pássaros a procurarem o sul.
É tão difícil voar de árvore
em árvore na transição
dos ciclos
sair de dentro do corpo
na urgência de ser gesto ou movimento
gota de chuva
terra lavrada
e nada mais colher
do que um silêncio
a desfazer-se nas mãos.
BL
Querida Brígida,
ResponderEliminarEste silêncio colhido é muito precioso...
E muito preciosa é a tua poesia,que nasce da
alma... Renascendo na minha alma,ficará guardada
dentro do silêncio contemplativo...
Adoro sempre ler-te!!
Beijo.
Muito belo
ResponderEliminareste movimento de asas
A mudança dos ciclos...difícil! Quereria ser ave e voar longe, muito longe...para evitar o silêncio das coisas.
ResponderEliminarBelíssimo!
Beijo
Graça
Urgente ser de novo gesto
ResponderEliminarSer vida em folha pelo vento
(no movimento)
A mudança de um alvorecer.
Belíssima, tua poesia
Beijinho!