O rumor das palavras a subsistir
nos pedaços do meu corpo circunscrito
à fala da terra. E o silêncio.
Tão fluido o silêncio desarrumado
entre elas
_as palavras_
sem que eu consiga ancorar uma réstia
de luz em fuga.
Por entre nomes eternos
escorrem texturas de ausência
um vento incandescente a soprar cheiros
e afetos
a linguagem do lume a esgotar-se
na lareira.
O rumor das palavras a reconstruir
o gesto
o recorte dos ramos nas memórias
roubadas ao tempo
como se o olhar fosse um sussurro breve
a deslizar por entre os dedos
na urgência de fazer ressoar em mim
a fragmentação dos cardos indecifráveis.
BL
A fluidez do silêncio que abafa o verso
ResponderEliminarfragmentado
Bom te ler
Bjo.
Entre a sombra do silêncio e a memória da luz.
ResponderEliminarUm beijo
É improvável
ResponderEliminaragarrar o tempo
Revistando porque faltou acrescentar
ResponderEliminaros nomes eternos
são texturas de ausência
como um vento incandescente a soprar cheiros
fragmentando indecifrados cardos
Difícil ficar indiferente à qualidade e à nostalgia da tua poesia
Bjo.
Eterna é a memória
ResponderEliminarComo sonho distante
Nem o silêncio, silencia
“Os cardos”…
Tanta poesia…
Muito bom ler-te!
Beijinho