Parto para o silêncio último
a morada sem janelas.
Interior.
Rocha.
Devagar
recolho os ecos
dos versos
que não escrevi.
Versos em espiral
os que amaram em voz baixa
os que se dobraram ao tempo.
Aceito as vírgulas
que me suspendem o fôlego
as sílabas que me lavam
o sal do sangue.
Sou agora
o intervalo entre dois verbos.
Sou
o poema que se desfaz
na boca do vento.
BL
08.09.25
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