Crispam-se os rostos
na inquietude das palavras
que ficam por dizer.
Rodo sobre o meu eixo
e perco-me no emaranhado
das agulhas do tempo,
no desnorte dos sentimentos
ocultos na superfície dos olhares.
Tragam-me de volta
a limpidez das águas
que refletem o azul
da idade de todas as inocências.
Abram as vossas mãos
e recolham os sorrisos e o viço das pétalas
partilhadas pela brisa
que da minha alma quer soprar a desilusão.
Retornem.
Absorvam as harmonias do piano
e dancem comigo as lembranças despertadas
ao ritmo da renovação.
BL
25.10.2009
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