Na pele
os escombros das manhãs
uma esperança fugaz ou os desvios de alguma outra
tecida na turbulência do peito.
Reaprende-se o colo em que se acorda
dos ardis profundos da noite.
Na verdade dos olhares
os vocábulos indizíveis
a dor desnuda da recordação dos pássaros.
Um fumo denso apaga sinais de sorte
e o mundo revela-se letal e desabitado.
Verte-se o sangue de um futuro adiado
e guarda-se em sementes de nevoeiro um simulacro de sol.
BL
03.03.22
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