A inocência perdida numa parede de sangue.
A alma a respirar a noite profunda
no esforço de combater a morte.
O olhar
líquido
parado lá atrás
na contemplação do amor aberto aos gemidos da terra.
Pássaros perdidos
a procurarem entender o que está
para além da sua ausência.
Nas mãos
o silêncio.
O silêncio iluminado de um coração de pretéritos
ou o silêncio náufrago do inverno incisivo do futuro.
Tantos olhos
para onde nenhum barco regressa.
BL
01.03.22
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