Esquece-se de existir
e
árvore vagarosa
recolhe
dorida
os equívocos que das tempestades advêm.
Desenha o seu nome nos pilares da casa
e neles
escreve poemas que lhe permitem cozinhar
nos dias
uns pedaços de luz
ou o tempo chuvoso
das horas.
Habitua a vida
ao sorriso da melancolia
abre a porta
ao silêncio da rua
e caminha no interior da primavera.
Dá a volta ao mundo
e volta para dentro
num regresso em desalinho.
Em voz baixinha
resta-lhe semear uma herança de sol
e reter as cores voláteis à superfície dos olhos.
24.03.21
BL
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