A s
mãos em concha nas primeiras
palavras
da manhã.
Anuncia-se
um ruído de sombra
sentado
na soleira da insónia sibilante.
Persistem
os verbos partidos como o dia
desavindos
como os cacos da taça sobre a mesa.
Nada
de especial
afinal.
Adensa-se
a chuva permanente
as
cicatrizes encostadas à lógica das paredes
nos
limites da linha d'água.
Os
olhos entretêm-se com a movimentação da luz
e
lembram a urgência das tintas
na reestruturação da voz.
Para
que o silêncio nos encontre numa crença
que
ainda exista em algum lugar.
BL
Sem comentários:
Enviar um comentário