... e nestas manhãs frescas
de abril
entro
num tempo de horas limpas
e
no entanto os meus olhos
a
gemerem palavras salgadas
atravessadas
de silêncios
os
meus olhos
num
tempo a fugir de mim
cercados
de vozes que morrem para além de outras horas
os
meus olhos
enterrados
na chuva de onde as memórias caem.
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