Palavras
de corpo inteiro
ungidas
de seivas intermitentes
renascidas
dos silêncios do tempo.
Sob
o peso das pálpebras
o
encontro das memórias
claridades
rendidas à nudez da árvore
adormecidas
na sombra do tempo que me leva
[
o tempo que é ]
além
do que sou.
Fecham-se
as portas do templo.
Retenho
nos olhos o canto fugaz dos girassóis
procuro
nos ramos das nuvens
a
quietude dos dedos
mas
nada mais me toma
do
que um sopro de sal.
B.
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