Existe
uma luz presa à margem
a
oscilar na inclinação do vento.
Desvenda
os sentimentos da pedra ou reveste
a
pele da serenidade de um lugar
na
tarde que se faz
devagar.
A voz do barqueiro permanece inaudível
no
regresso à canção dos búzios.
Hoje
só hoje
a luz e uma
rosa
e
a paleta de sílabas antigas.
Sei
da brevidade deste silêncio
festim
dos pássaros que ainda existem
como
albergue da lua mais clara e da música do sentir.
Hoje
só hoje
a luz e uma
rosa
e
os reflexos de um verão colado à minha pele.
BL
09.09.19
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