segunda-feira, 11 de março de 2019

No corpo da noite


Aqui ando repetindo monólogos
tentativas que caem dos dedos
como quem segue raízes
de sangue no interior do tempo.

Raramente são árvores vestidas de verdes
os monólogos.
Atravessam nomes e lugares de melancolia
ou paredes cobertas de passado.
Às vezes percorrem ruas que vivem intensamente a primavera
ou somente os silêncios que erram pela casa
a desembrulharem a vida
a hibernarem no papel.

BL
10.03.19

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