Carregamos nos ombros
nomes e lugares
que entregámos ao
silêncio. Neles
deixámos as verdades de
olhares que se cruzavam
e memórias da cintilação
de um estio.
Porque hoje já não
existe claridade que se anuncie
dentro da sombra que a
alma respira.
Para sacudir a noite
e deixar fluir a voz quebrada.
Olho as árvores a
amanhecerem
e repouso os olhos
cansados.
Porque hoje já não
existe um tempo que atravesse
o equilíbrio da luz
e sorva a agitação do
vento
a habitar-nos as mãos.
B.
01.06.18
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