Mil vezes regressaste
pegando numa emoção
a decifrares-te como um
fruto maduro.
Por dentro das palavras
adiadas
um espaço vazio
ocupado agora pela tua
presença.
Do fundo do tempo
[ do fundo de ti mesmo ]
trazes a música das
lembranças
talvez uma canção de
embalar
a passar entre o sol da
meia tarde.
Linha tardia a unir o
passado e o presente.
As mil vezes de cada
palavra
carne viva de pontes que
permanecem a olhar as águas correntes.
A vontade de ser sonho.
A urgência de ser gesto.
De ser vida neste azul que me aquieta
ora árvore
ora pétala.
BL
27.05.18
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