Aprender
a duração da tarde
sem
que no vento
se
suspendam as palavras.
Reconstruir
o espelho
e
no
alvoroço da espera
entrar
por dentro do infinito
e
recolher no tempo
as
rosas prometidas.
As
rosas prometidas.
Desfolhadas
em sílabas
divididas
em hemisférios
de
neve e lava.
Uma
história a nascer.
Ainda
sem um ramo de mar
ou
uma rua respirável.
Em
letra pequena
mas
com cheiros de planície.
E
os rostos facetados
do
silêncio e da nostalgia.
A
escutar as vozes do indecifrável
a
cerrar lentamente a luz
que
se verte dos olhos
como
um rio que não correu.
BL
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