Levamos o tempo fechado no olhar
como se gritássemos sombras
silenciosas
paradas no esquecimento.
Através dos corpos emudecidos
passam os dias turvos de ausências
e de solidão.
E ao redor da casa envelhece
uma tranquilidade baça
por onde se afundam os gestos vagos
a sucumbirem na fuga.
Convoco o vocabulário
da ressurreição
a plena vastidão do amor
para dentro das imagens
mas sei apenas de um quase nada
sempre que viro a página
e o rio reflui e me engole
[ ou me adia ]
e a linguagem da pele quase não
passa.
BL
13.06.14
Por vezes os rios
ResponderEliminartambém se cansam de correr
Bj
Convocar o verso como forma de auto-restauração
ResponderEliminarTalvez seja esse o processo primeiro da poesia
É sempre bom ler-te
Bjo.