És talvez o silêncio do
poema
a conter-se
ao fundo dos olhos
o reflexo da pedra num
espelho convexo
o verso esmagado pela demora
do tempo.
És
talvez um eco
um murmúrio do vento
a margem sombria de um
regato em viagem
a face traída
do sentimento.
És
talvez a minha voz ausente
a imagem esquecida
num hiato
a
linguagem fria do presente
o desdém da palavra a gritar
invernia
num tempo que morre
seco
dia a dia
hora após
hora
lá fora.
BL
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