De súbito
o cântico das águas de maio
no anoitecer dos mitos
a linguagem dos pássaros
nos cabelos das searas
a voz dos barcos
a ressuscitar o gesto;
o ritual do sol
a reconstruir nas veias
os lugares onde a luz
abre os silêncios
e sopra das folhas
o vazio do ar.
Mas no espelho há ainda pedras
soltas no meu rosto
rugas de asfalto
a correr contra o vento
à procura do tempo.
BL
07.05.11
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