terça-feira, 14 de março de 2023

Árvore e verbo

 





Saber-te asa de fogo no

pulsar da manhã.

A esperança a preencher as sombras que

povoam a insónia

o avesso de todas as tormentas.

Ainda vivo numa viagem de

aguarelas azuis

a alma desarrumada

colada a um vento arrastado

aves guardadas em horas de silêncio.

Ainda me traz o teu nome um destino errante

um chão errátil

a vertigem de memórias

insistentes

que  me foram a árvore

e o verbo.


Saber-te asa de fogo

no pulsar

da manhã.



BL

14.03.23







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