Vem, enterra as palavras na terra
deita-te no silêncio das pedras do rio.
O pôr-do-sol é quase um lugar
dentro do mar.
Ouçamos a luz do dia, caminhemos juntos
entre as sombras da montanha.
Eu afastarei as escarpas, os ramos quebrados,
a escuridão do vale.
Apaga a noite por dentro.
Ao nosso lado os sonhos sorriem
seguem, seguros, o mapa dos relógios
a linha verde do luar.
Que venham as neblinas de outono
e os gemidos do vento.
A claridade do tempo
ensina-nos a respirar.
BL
03.01.11
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